12.3.19

Eu, árvore?


Nós somos como árvores,
sua altura é o quanto crescemos
e o tronco nossa linha do tempo.

Os galhos são cada história que vivemos,
cada amigo e demais pessoas que conhecemos.
há galhos maiores que outros,
e há alguns que até secam e caem,
e ainda aqueles que continuam firmes e frutificam
gerando outras ramificações.

Há árvores de todo o tipo:
aquelas que dão frutos bom para se comer,
outras que são venenosas,
aquelas que são boas para sombra,
e outras que são muito mais bonitas no outono.

Certas espécies não dão frutos e até morrem se
não estiverem do lado daquela que a possibilitaria tal dádiva.
algumas são de vida curta, outras de vida longa,
e tem as que são derrubadas cedo demais.
as excessões são envenenadas ou expostas a situações imprópias para sobrevivência.
mas não se engane, mesmo cortadas elas ainda vivem e são capazes de gerar vida.

Mas para todas elas o solo é de extrema importância,
já que dele provém os nutrientes necessários
para seu crescimento e sobrevivência.
uma árvore não vinga se o solo não for adequado.

A temperatura e outras condições climáticas
também determinam o modo como elas se desenvolvem.
mas ainda mais importante que isso:
há árvores certas para cada clima e estação,
que não conseguiriam ter vida em um cenário diferente.

Seus frutos alimentam diversas espécies,
garantindo vida e saúde à elas.
seus frutos depois de caídos
servem até como adubo para outros solos.

Uma árvore em si própria consegue:
viver, ser vida, gerar vida e ser fonte de vida.
elas também tem o poder de purificar o ar,
liberando o oxigênio que respiramos.

Tem árvores que são muito parecidas,
e tem aquelas que são completamente diferentes.
há árvores que se assemelham com outras plantas,
e há quem diga que se assemelham até mesmo com certos animais.

Temos muito em comum com elas -embora não seja exclusividade nossa.
mas em um ponto crucial diferimos:
enquanto elas são fadadas a permanecer em um local e
criarem raízes para sobreviver,
nós temos o presente de nos locomover por todo lado
e ainda sim sobreviver, ou melhor,
e assim viver verdadeiramente.

Nossas raízes não são visíveis, ou fixas,
mas também nos fornecem aquilo que necessitamos.
mesmo que tenham encontrado o solo perfeito,
ainda sim continuam se expandindo para adquirir novos nutrientes.
o segredo é:
não podemos deixar que elas se espalhem tanto a ponto de perdâ-las e
não saber onde procurar para encontrá-las.



Bruna Ondina.


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